top of page

COMUNIDADE SE EMOCIONA DURANTE FESTAS DE ANIVERSÁRIO AO LEMBRAR IMPACTO DOS CENTROS OLÍMPICOS E PARA

Foto do escritor: Isabela  Barreto Hildebrand MadureiraIsabela Barreto Hildebrand Madureira

Equipe pedagógica e alunos dão depoimentos sobre a importância das unidades para o desenvolvimento social e esportivo dos beneficiados


Alunos e professores de Samambaia comemoraram juntos mais um ano (Foto: Camila de Magalhães/FAC/D.A Press)


O primeiro Centro Olímpico e Paralímpico inaugurado no Distrito Federal comemorou, nesta quarta-feira (17/10), 9 anos de serviços gratuitos à comunidade de Samambaia. A festa de aniversário da unidade esportiva, também conhecida como Rei Pelé, reuniu milhares de alunos e familiares, em uma programação especial, com direito a muita brincadeira, esporte, diversão e apresentações culturais de atletas, professores e de grupos comunitários.


A animação também tomou conta da comunidade de Ceilândia, que prestigiou os 5 anos de aniversário do Centro Olímpico e Paralímpico do Setor O nesta sexta-feira (19/10). Realizados pela Fundação Assis Chateaubriand em parceria com a Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer do DF, os eventos serviram para despertar lembranças sobre o impacto do trabalho desenvolvido no âmbito esportivo e social.


Conheça algumas histórias marcantes de Samambaia:


Membro da equipe da Fundação Assis Chateaubriand, o gerente didático-pedagógico da unidade esportiva de Samambaia, Humberto Morais, também acompanha a história do Centro Olímpico e Paralímpico desde a construção. Para ele, o aniversário serviu para passar um filme na cabeça, de todos os momentos importantes vividos junto com a comunidade. "A paixão da minha vida é o Centro Olímpico de Samambaia. Estou aqui desde 2009, na inauguração. Temos histórias fantásticas, de pessoas que se transformaram dentro do Centro Olímpico, conseguiram chegar no ápice do esporte, como a Seleção Brasileira de base no vôlei. Na seleção brasiliense, tivemos atletas da ginástica rítmica, entre outros até do Futuro Campeão que participam de muitos campeonatos. Além da parte esportiva, tem a questão social, com nossos alunos adultos e idosos que relatam que o Centro é uma extensão da vida deles. Eles se sentem muito felizes e muito bem aqui. A gente tem relatos também de pessoas com deficiência. Pais falam que os filhos se sentem abraçados e acolhidos, não se sentem diferentes. São tratados de forma igual. É uma satisfação muito grande fazer parte dessa história."


Quem também se emocionou com a data foi a professora de natação e desenvolvimento motor Elessandra Martins, que chegou à unidade em 2009, quando ainda acompanhava o filho nas aulas. Depois, decidiu se matricular e aprendeu a nadar nas piscinas do centro, onde se sentiu estimulada a fazer faculdade de educação física, tornou-se estagiária e foi contratada como professora. "É um prazer estar aqui trabalhando, de fazer parte dessa equipe que eu admiro tanto. Tenho muito orgulho de ser professora aqui. O Centro muda a vida de muita gente, assim como mudou a minha quando comecei aqui, com meu filho aluno, no primeiro dia de aula do centro, em 2009. Eu nem estudava educação física ainda. Fui estudar para ser professora aqui. O Centro mudou a minha vida positivamente. Aqui é a minha segunda casa. É onde me sinto bem."


Professora dehidroginástica, pilates e desenvolvimento motor, Paula Bezerra dá aulas em Samambaia desde 2012. "Cada dia a gente vive uma história diferente. A gente aqui é professor e meio psicólogo também. A gente tem que ajudar e os alunos ajudam a gente, quando estamos tristes. Tem duas vertentes: a gente ajuda e é ajudado. Quando entrei no Centro Olímpico foi uma realização. O centro é praticamente a minha vida, passo mais tempo aqui do que na minha casa. Para mim, é bom demais ver um aluno que chegou aqui praticamente sem se movimentar e agora está andando direitinho, nadando, correndo. Para mim, é uma realização total.


Um dos primeiros alunos com deficiência matriculados em Samambaia ainda em 2009, Flávio Ranielly dos Santos, 23 anos, estava na festa ao lado da mãe, que reconhece a evolução do filho ao longo de nove anos e conta que o espaço também acolheu ela e o marido como alunos. "Esse lugar representa muito para a gente. É nossa segunda casa. Flávio era um jovem que não andava direito, não falava, era agressivo. Hoje conversa com todo mundo, tem várias medalhas de campeonatos de natação. Hoje a vida dele está transformada", comenta a dona de casa Ana Maria dos Santos, 55.


A jovem atleta Letícia Vitória, 16, entrou no COP Samambaia ainda criança, aos 11 anos. Desde então, viveu muitas experiências, tanto no atletismo e no vôlei, quanto em cursos de qualificação social e eventos comemorativos. "O Centro Olímpico acolheu a gente. Antes não tinha nada para fazer, ficava parada e decidi fazer esporte. Aqui a gente se ocupa, pega uma responsabilidade, é valorizado. É muito bom principalmente para quem tem dificuldade de interação com outras pessoas da sociedade. O Centro Olímpico vem ajudando bastante na questão de socializar, diversão, esporte, diversas maneiras úteis. Já fiz cursos de reportagem, fotografia e arbitragem. No esporte, comecei no atletismo e fui para o vôlei. Os professores são bastante atenciosos. Como eu quero seguir a carreira de vôlei por conta de ter entrado aqui, o professor vem me dando dicas, me mostrando a experiência dele, me aconselhando, mostrando o que ele já sabe. É muito interessante ele estar perto da gente e os alunos também terem admiração, verem nosso esforço. O Centro Olímpico vem atraindo pessoas como se fosse um ímã."


Aluna de ginástica localizada e pilates, Kátia Ferreira, 52, está há mais de 3 anos no COP de Samambaia e curtiu bastante a festa de aniversário. Estava animada com o evento e as atividades oferecidas na última quarta-feira. "Mudou tudo na minha vida desde que entrei aqui. Me aposentei e pensei que não queria ficar em casa. O centro faz parte da minha vida. Fico animada quando acordo e venho para cá. Representa qualidade de vida, fora os amigos que a gente faz. Esse lugar é muito acolhedor. Em termos de saúde e exercício físico, hoje eu consigo correr uma maratona, coisa que eu não sabia que poderia fazer. O centro trouxe isso para a minha vida: hoje eu posso."


Para o ex-atleta de futebol Gerson Freitas , gerente didático-pedagógico do COP Setor O, é um privilégio vivenciar a história do local desde o começo. "O centro representa tudo, é um lugar onde a gente faz o bem para as pessoas, onde a gente está construindo cidadãos, proporcionando saúde, qualidade de vida. Para mim, o centro é tudo. Pelo fato de eu ter vivido no esporte muito tempo, o Centro vai ser sempre para mim uma das melhores coisas que eu já pude participar. Toda a nossa dedicação aos alunos vai ficar marcada para a minha vida. Lembro de um aluno cadeirante que chegou ao centro pedindo para participar da hidroginástica, que pudesse realizar isso, hoje voltou a andar, abraçou o centro como algo importante na vida dele. Não tinha perspectiva de andar, está caminhando, deixou a cadeira de rodas. Foi um relato muito forte para mim. Para ele, a maior alegria foi voltar a andar.


Técnico da equipe de bocha adaptada do programa Futuro Campeão, Loreno Kikuchi entrou na unidade esportiva há 3 anos como professor de pessoas com deficiência. Sou mineiro e cheguei em Brasília há quatro anos. Toda a minha carreira profissional na cidade foi aqui no Centro Olímpico e Paralímpico. Tenho um carinho enorme pelos professores e alunos. Aqui é a minha segunda casa. Fico mais tempo aqui do que na minha casa. É uma emoção grande estar comemorando mais um aniversário. A gente já conhece bem a comunidade, é muito bacana fazer esse evento para eles, ver a alegria, eles prestigiando, estando junto com a gente, interagindo com professores, estagiários, funcionários."


Voluntário na área de oncologia de um hospital em Taguatinga, o aluno de ginástica localizada Josoel Viana Messias, 52, faz questão de compartilhar um pouco de seu dom como palhaço para contagiar os colegas nos eventos comemorativos do Centro Olímpico e Paralímpico do Setor O, de onde faz parte desde o início. "Desde que entrei aqui, perdi 10kg. Para mim, é bom demais, é tudo. Eu tomava remédio controlado para pressão, já não tomo mais. Isso aqui é tudo para a minha vida. Estou sempre ajudando os professores. Sou voluntário toda hora que quiserem aqui. A festa de aniversário está sendo maravilhosa, abençoada, isso tudo é bom demais."


Outra que curtiu muito o evento ao lado das colegas foi Maria Silvânia Farias, 42, aluna de ginástica do Centro Olímpico e Paralímpico há um ano. Na festa de 5 anos, ela fez questão de se movimentar com um aulão especial de zumba. Para Maria Silvânia, sair de casa para se divertir e conhecer novas pessoas faz bem.


"Esse lugar representa muita coisa para mim. Acho bom demais ter as atividades esportivas, festas comemorativas, passeios. Adoro participar de tudo que oferecem", diz.


Parceria pelo esporte


Em parceria com a Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer do Distrito Federal, a Fundação Assis Chateaubriandé responsável pela gestão pedagógica de 7 dos 12 Centros Olímpicos e Paralímpicos do Distrito Federal: Ceilândia (Parque da Vaquejada e Setor O), Estrutural, Riacho Fundo I, Samambaia, São Sebastião e Sobradinho. Além das aulas esportivas regulares, são desenvolvidos treinamentos de rendimento, eventos comemorativos e esportivos, além de cursos de qualificação social. Clique aqui para saber mais sobre esse trabalho.


Informações para a imprensa

Telefone: (61) 3214-1059

Acompanhe nossas novidades nas redes sociais:




31 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page