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Foto do escritorIsabela Barreto Hildebrand Madureira

UMA COMUNIDADE DE EMPREENDEDORES PARA FAZER BRASÍLIA CRESCER

Fundação Assis Chateaubriand pretende conectar pessoas de todas as regiões do DF na EI! Comunidade de Empreendedorismo e Inovação, que chega para desenvolver competências e habilidades necessárias para transformar sonhos e ideias em realidade


Primeiro encontro EI! Explore foi um bate-papo descontraído sobre design sprint, método inovador para testar ideias de soluções, produtos e até modelos de negócio (Fotos: Camila de Magalhães/FAC/D.A Press)


Texto: Camila de Magalhães


Quando se fala em cultura empreendedora, Brasília aparece em último lugar no ranking das 32 localidades analisadas pelo estudo Índice das Cidades Empreendedoras, realizada pela Endeavor em 2016. Por outro lado, a capital federal tem o terceiro maior mercado do país para se empreender. De olho nesse potencial e na necessidade de fortalecer essa cultura no Distrito Federal, a Fundação Assis Chateaubriand lança, neste mês de agosto, uma nova vertente de trabalho: a EI! Comunidade de Empreendedorismo e Inovação.


Segundo Paulo César Marques, vice-presidente da Fundação Assis Chateaubriand, a EI é uma comunidade que se propõe a ser um aglutinador dos empreendedores da cidade. “Buscamos reunir não só aqueles que já têm empresas, mas qualquer um que tenha atitude empreendedora, que queira fazer diferente, ser protagonista do seu futuro, do seu destino”, explica. As conexões, segundo ele, serão estimuladas em eventos e encontros periódicos. “A agenda será intensa, com excelentes oportunidades de conexão. Os aprendizados certamente serão enormes”, observa Paulo César.


Centro de formação


A ideia é oferecer sempre atividades dinâmicas e, em breve, abrigar na sede dos Diários Associados um centro de formação, onde pessoas que tenham ideias ou sonhos se dediquem intensamente por seis meses. “A nossa comunidade será tudo isso: a oportunidade de conexão e o centro de formação, onde vamos abrir caminhos e disponibilizar ferramentas para que os participantes se redescubram, com foco no desenvolvimento pessoal e criação de soluções e negócios inovadores para o DF”, diz o vice-presidente da Fundação.


“É um espaço aberto para a cidade, para outras organizações e instituições, sejam elas startups, ONGs, uma iniciativa, um coletivo, uma banda. Para qualquer um que queira compartilhar seus conhecimentos, reunir um grupo para discutir um tema, esse espaço está aberto. É um espaço da comunidade de empreendedorismo da cidade.”


Explorando o design sprint


O primeiro passo desse trabalho começou na semana passada, com o início da série de encontros pocket batizada de EI! Explore. O tema escolhido para a estreia na última quinta-feira (24/8) foi design sprint, um método criado pela Google Venture para criar e testar, em cinco dias, se uma ideia de produto, serviço, experiência ou modelo de negócio vai funcionar, antes mesmo de ser implementada. A prática utiliza o design thinking para discutir com um grupo de pessoas todas as possibilidades e o impacto da ideia na vida do usuário.


Quem conduziu o bate-papo, de forma descontraída e inovadora, foi Anna Luiza Maximo, sócia da SAB, empresa de consultoria participativa. A novidade já começou com a organização das cadeiras, em forma de círculo, num método chamado aquário. A proposta é que somente têm a palavra as quatro pessoas que se sentam no círculo central. Sanadas as contribuições, elas retornam aos seus lugares e dão espaço para outros que desejam participar do bate-papo. Anna Luiza também utilizou uma enquete on-line ao vivo para identificar o quanto os participantes sabiam sobre design sprint e direcionar a conversa de um jeito mais produtivo.


“No final das contas, tem um monte de livros, vídeos e artigos com milhares de formas de você aprender sobre os vários métodos. Quando você forma uma comunidade, tem a oportunidade de aprender com a experiência um do outro. A inovação vem do pensar diferente, sair de você mesmo, de ir para um usuário, um cliente, para quem está do seu lado. Se a gente não sabe trocar ideias com parceiros e se relacionar com quem está ao seu lado, como vai saber atender um cliente? Tem tanta riqueza em quem faz a mesma coisa que a gente, em quem está no mesmo ramo, em quem está num ramo diferente, mas pode nos inspirar. O poder do coletivo é muito maior do que a gente imagina”, analisa Anna.


Experiência marcante


Para Eduardo Nomura, que se considera um intraempreendedor no Banco do Brasil, a participação no EI! Explore – Design Sprint foi muito proveitosa. “Foi uma experiência muito legal, porque a gente amplia o networking, ouve muitas experiências, sai mexido para fazer diferente e ser mais maker ainda, fazer acontecer”, comentou.


Com uma startup ainda em fase conceitual, a engenheira Débora Canongia foi ao encontro para calibrar as ideias que estão surgindo. “O formato foi totalmente inovador, surpreendeu muito. Foi interessante porque trouxe todo mundo para dentro da conversa. A apresentação, no formato de colocar as pessoas interagindo com o celular, lançando as perguntas, foi uma surpresa. E, por conta de ser startup, conseguimos contatos com algumas parcerias possíveis. Foi um evento que agregou muito para a gente que está começando agora”, afirmou Débora.


Próximo bate-papo: 5 de setembro


O próximo enconto Ei! Explore está previsto para 5 de setembro, no Espaço Chatô, que fica na sede do Correio. A proposta de inscrições permite que cada participante escolha o valor do ingresso, como forma de colaboração para a construção da EI! Comunidade de Empreendedorismo.


Informações sobre a programação:www.facbrasil.org/ei


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